Às vezes, o que acontece em Las Vegas aparece na sua porta duas semanas depois para lhe dizer que ele é o cara com quem você se casou enquanto estava completamente bêbado.
Acordar sozinho em um quarto de hotel estranho, sem minhas pernas protéticas e sem nenhuma lembrança do que aconteceu na noite anterior não era como eu queria passar a despedida de solteiro do meu irmão gêmeo afastado.
No entanto, lá estava eu, sem pernas e sem a mínima ideia de como cheguei ali. Ou com quem passei a noite. O que... não é nada bom.
Embora eu suponha que o trauma esteja em algum lugar entre perder minhas pernas em um acidente de carro que acabou com minha carreira na NHL e meu irmão fugindo com minha noiva.
Então, no geral, não foi o pior fim de semana que já tive.
Mas, embora eu não seja mais um homem amargo e raivoso, talvez eu também não seja - mais ou menos - a pessoa mais equilibrada do planeta. E isso fica evidente quando um homem adorável, de covinhas e cabelos rebeldes aparece na minha porta para me dizer que a noite nebulosa em Las Vegas teve um final bem específico:
Em algum momento, depois de várias doses de bolo de chocolate e de lidar com traumas, Amedeo e eu encontramos Elvis e nos casamos.
O mais fácil seria garantir que o casamento não seja válido. Mas quando foi que eu facilitei alguma coisa na minha vida? Principalmente porque o incentivo é manter esse homem na minha órbita.
Talvez tenhamos tido o começo mais estranho de qualquer casal, mas agora estou me sentindo estranhamente determinado a dar a nós dois o final feliz que merecemos.
Às vezes, o que acontece anonimamente em um quarto de motel sujo, pago por hora, aparece um mês depois para se revelar como seu novo treinador...
Eu tenho regras. Regras muito importantes. Nada de nomes verdadeiros, nada de compromissos, nada de nos vermos novamente. Sempre funcionou bem para mim, e é a única coisa que me mantém focado enquanto tento subir na carreira de hóquei profissional depois de quase ter destruído minha carreira.
Eu deveria ter sido o rei do gelo na liga paraprofissional, mas, em vez disso, deixei a raiva e a amargura me dominarem. Agora, sou forçado a lutar para voltar à relevância, começando com uma equipe comunitária.
Tudo bem se a única noite incrível e anônima que tive com um completo estranho não acabasse sendo o novo técnico dos Wolves. E até isso seria tolerável se o Hugo não estivesse na folha de pagamento do meu pai.
Mas ele está.
E para piorar a situação, eu ainda o quero. Minha atitude ruim e minha tentativa de afastá-lo não o perturbam nem um pouco, e quanto mais eu insisto, mais ele me puxa de volta para o último lugar que eu quero estar: a órbita dele.
Tudo o que eu quero é entrar para a PPHL e provar a mim mesmo que sou um jogador valioso por mérito próprio.
A luxúria não estava em jogo. E o amor também não.
Mas quanto mais me aproximo de Hugo, mais percebo que não tenho certeza se quero fazer isso sem ele... e mais percebo que não tenho certeza se consigo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Responderemos assim que possível!